19/08/2017 até 26/10/2017
GONG - PATRICIA DI LORETO
Combinando seus procedimentos com
notável dinamismo e forte noção dramática, Di Loreto impõe eficazmente a
convivência da colagem, as pastas de material calcário, a linguagem do esboço e
o croqui, e as diferentes qualidades de superfície dos suportes, não só para
gerar uma instabilidade crítica frente a qualquer expectativa de homogeneidade
do campo visual, mas também para perturbar as vinculações, agrupamentos e
diálogos de seus dissecados personagens, de maneira a adensar e desarticular,
através de sutis alterações na congruência do relato pictórico, os maneirismos
e rituais privados da tribo civilizada. Gestos, atitudes, poses, rasgos faciais
e conformações corporais se inter-relacionam, sobrepõem e multiplicam como
ícones extraídos de um álbum modelo da urbanidade retórica, que a artista
costura em uma cena grupal com protagonistas que se debatem isolados em sua
pretendida comunicabilidade.
Eduardo
Stupia, 2016
A obra de Patrícia Di Loreto, como muitas, parte não apenas de elementos técnico-artísticos, mas também de constructos-estratégicos puramente mentais/culturais que permeiam a teoria e as práticas artísticas. Desse modo, é possível articular as discussões sobre os meios, as práticas e as poéticas influenciadas pela trajetória que descreve na paisagem cultural em um encadeamento entre formas, signos, imagens. De fato, Patrícia faz boa pintura.
Sandra Makowiecky, 2016
Ao pintar o mundo em torno de relacionamentos, Patrícia Di Loreto exalta a palavra amizade, as imagens contam experiências dos momentos. Como uma artista viajante, cultiva essas relações em diferentes países. Suas viagens ao sul do Brasil, por exemplo, permitiram aprofundar a amizade com os artistas do lugar. Patrícia é, no século XXI, uma cronista de momentos de descontração e de felicidade compartilhada em encontros cotidianos.
Júlio Sapollnik , 2016
De sua Buenos Aires, Argentina, em
cadências metropolitanas, a pintora, muralista e cenógrafa Patrícia Di Loreto
transforma intimistas e nostálgicos flagrantes fotográficos de sua memória
antropológica em exuberantes telas renovadas em sua temporalidade e genealogia.
Edson Busch Machado. 2017